A Síndrome de Down é uma condição que requer acompanhamento adequado de uma equipe de reabilitação. Devido às características da doença, pode se beneficiar do atendimento interdisciplinar, ou seja, com o envolvimento de profissionais de várias áreas.
Autor: Laudiana Surubi
Pedagoga especialista em Neuropsicopedagogia e Psicopedagogia
Devido a suas características físicas, a criança com SD não desenvolve na totalidade as suas habilidades motoras. Por esse motivo a fisioterapia auxilia nos estímulos para minimizar o atraso do desenvolvimento infantil, estabelecendo padrões de movimento apropriados para evitar o desalinhamento postural.
Em sua atuação terapêutica, o profissional determina objetivos e condutas de acordo com a idade e condições atuais do paciente, sempre buscando tornar a terapia agradável. Importante ressaltar a presença de atividades lúdicas durante a Fisioterapia, melhorando o aspecto motivacional da criança.
A Psicopedagogia desenvolve um eficaz trabalho com pessoas que tem Síndrome de Down. Sua intervenção é aplicada através de recursos cognitivos e emocionais que permitem não só o sucesso na aprendizagem, mas desenvolve autonomia individual, resgatando a autoestima e possibilitando a socialização da criança com os demais.
Por terem uma aprendizagem gradual, a criança Down não consegue absorver grande número de informações e, por esse motivo o aprendizado não pode ser proporcionado de forma mecânica ou isolada. O Psicopedagogo deve ofertar estímulos regados de ludicidade, estimulando o prazer em aprender.
O trabalho do terapeuta ocupacional se concentra na capacidade de dominar habilidades que ajudam a melhorar a qualidade de vida com mais independência tornando o paciente capaz de participar plenamente da rotina de sua escolha ou evitar interrupções em sua vida diária. Algumas habilidades podem ser desenvolvidas, tais como:
A fonoaudiologia encontra-se presente durante todas as fases de desenvolvimento da pessoa com Síndrome de Down, estimulando áreas de cognição, linguagem, alfabetização, sistema estomatognático, que inclui o trabalho com a alimentação, além da voz e fala. O acompanhamento fonoaudiológico com essas crianças deverá ocorrer logo quando bebês, devido algumas características miofuncionais orais de hipotonia, macroglossia, protrusão lingual e respiração oral.
A principal função do fonoaudiólogo é criar estratégias a fim de aplicar a estimulação precoce, em virtude do período de neuroplasticidade. O trabalho deve ser feito com equipe interdisciplinar, ser consistente e repetitivo, já que a repetição ajuda na consolidação da aprendizagem.