Núcleo de Fisioterapia no Tratamento da Dor

A dor é um péssimo preditor de lesão. No entanto, a resposta para essa questão é: não necessariamente. Há inúmeros fatores que levam a dor, logo, podemos ter dor sem uma lesão tecidual. Isso ocorre pela má adaptação dos pequenos nervos próximos a uma lesão tecidual anterior, onde o nervo continua a enviar sinais de dor mesmo que a lesão tenha se resolvido. Do mesmo modo, podemos ter uma lesão sem necessariamente ter dor, algo que pode acontecer com algumas lesões na coluna.

Primeiramente, em caso de dor busque um especialista da área para entender o que está acontecendo. Contudo, para a esmagadora maioria das vezes a resposta é: não! O movimento é muito importante para o processo de recuperação das lesões de modo geral. Em casos como a osteoartrite, por exemplo, exercícios simples como uma caminhada podem ter potencial de inibir o agravamento da lesão e diminuir as chances de uma cirurgia. Em caso de dores crônicas, o movimento tem íntima relação com a modulação da dor.

A resposta é claramente não! Há achados de imagens nos exames de coluna, bem como em outras articulações, que são comuns à idade. Nesse sentido, não há necessidade de fazer novos exames todas as vezes que você sentir algo na coluna. Há marcadores específicos que determinam a necessidade de solicitar exames de coluna, os quais são chamados de “red flag”. Então não se assuste se você for a um profissional da saúde e ele não solicitar exames de imagem. Desde que tenha formação adequada e experiência na área, se o profissional não notar nenhum sinal que determine a solicitação do exame, ele não irá solicitar. Esse comportamento típico de profissionais experientes é importante para evitar o que chamamos de “iatrogenia diagnóstica”, situação que ocorre quando o profissional catastrofiza o quadro do paciente levando-o a uma série de comportamentos negativos com relação a vida e a saúde de modo geral.

A resposta é sim. O que chamamos de “cefaleia tensional” pode sim ter sua origem na musculatura das costas. Quando um determinado músculo altera o seu padrão contrátil, ele pode sim enviar estímulos dolorosos até a cabeça causando “dores de cabeça”. Isso não é tão subjetivo quanto parece, pois há mapas que mostram a relação de cada músculo e a provável região que ele “emite” sinal de dor. Na maioria das vezes, quando as alterações musculares são corrigidas a dor de cabeça tende a cessar.